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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PREÇO: R$ 50 MIL, É QUANTO VALE A VIDA DE NELTER QUEIROZ


Escondidos sob os panos da impunidade, da proteção de autoridades e do silêncio da população, o grupo que seria chefiado pelo presidente de Câmara Municipal de Assu, Odelmo de Moura Rodrigues (PSD), preso na tarde de quinta-feira (30), ainda é investigado por inúmeros outros crimes cometidos durante mais de 20 anos em toda região do Vale do Açu. Um deles é a ameaça de morte ao deputado estadual Nelter Queiroz (PMDB).

Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Civil descobriram, no início de novembro do ano passado, que Odelmo teria contratado Paulo Douglas Garcia Gomes, o Paulo "Cabeleireiro" e Valdemar Ulisses de Souza, para matar o deputado. O preço: R$ 50 mil. As informações constam no processo que resultou na prisão do vereador. Em contato a reportagem do JORNAL Diário de Natal, o deputado disse que não falaria sobre o assunto.
De acordo com as investigações policiais, como os pistoleiros não realizaram o serviço, foram executados três meses depois na cidade de Assu. Paulo Cabeleireiro foi morto na noite do dia 9 de junho, enquanto que Valdemar foi assassinado na madrugada de 25 de setembro. A ameaça chegou até o deputado estadual por meio de uma extensa teia de crimes.


Em 2009, Nelter Queiroz usou as rádios da região do Vale do Açu para cobrar uma solução para os crimes que seriam cometidos pelo grupo chefiado por Odelmo Rodrigues, em especial a morte de Raimundo "Oni" Galdino, amigo da família do deputado. Já em 25 de janeiro de 2010, Fábio de Lima, Teófilo Dantas Fonseca Filho, Francimar Paulino da Silva e Francisco Josualisson Pimentel, apontados pela polícia como integrantes do grupo que aterroriza o Vale do Açu, foram presos na zona rural de Assu. Através de exames de balística, a polícia pôde comprovar que uma das armas apreendidas com eles à época, um revólver calibre 38, foi utilizada em quatro homicídios entre 2008 e 2010, incluindo a morte de Oni Galdino. Todos foram indiciados e estão presos na cadeia pública de Caraúbas, região Oeste do RN.

Em depoimento prestado ao delegado Odilon Teodósio, chefe da Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), em 13 de novembro de 2011, Nelter Queiroz disse que seu maior medo era ser morto por um dos bandidos "a mando de Odelmo". O depoimento está anexado à denúncia apresentada pelos promotores Jovino Pereira Costa Sobrinho e Patrícia Antunes Martins no último dia 21 de agosto, com pedido de prisão preventiva de Odelmo e Aureliano Rodrigues. Além do episódio da contratação dos dois pistoleiros para matá-lo por R$ 50 mil, o deputado ainda relatou ter informações de pessoas próximas a ele de que estaria sendo vigiado a mando do grupo. Afirmou, também, que um dos acusados presos em Caraúbas teria dito a um interlocutor que quem iria matar Nelter seria ele, quando saísse da cadeia.

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