Nos
últimos 50 anos a experiência de Angicos foi base de alguns estudos acadêmicos,
citados milhares de vezes nas cadeiras de Educação nas universidades pelo
mundo, tida como referência por, pelo menos, 50 países, mas não houve, até
agora, uma releitura ou apropriação do método para a implementação em grande
escala como era o objetivo da época.
“O projeto é
atual, precisa ser revisitado e atualizado. Mas está lá,
pronto. Porque Paulo Freire não preparou um método de alfabetização.
E sim um método de aprendizagem. De como conhecer. E isso não
mudou”, avalia Marcos Guerra.
Em
2002, a educadora Nilcéa Lemos Pelandré analisou os “efeitos
a longo prazo do método de alfabetização”.
Após entrevistar alunos que se alfabetizaram em 1963, a
estudiosa descreveu que os participantes aprenderam a escrever palavras
isoladas e frases simples e curtas. A aprendizagem mais significativa, sendo a
pesquisadora, foi a elevação da autoestima e a consciência de não se sentirem
mais excluídos do mundo letrado.
“Temos muita
necessidade das coisas que nós não sabia, e que hoje estamos sabendo. Em
outra hora, nós era massa, hoje já não somos
mais, estamos sendo povo”.
Fonte:
Tribuna do Norte
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