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A quem diga que a seca já foi.
Outros, afirmam que ela ainda está viva no interior do Estado. De fato mesmo é
que a estiagem deixou marcas no Rio Grande do Norte, inclusive, no que diz
respeito a economia. Segundo levantamento do Sebrae, quase 70% dos negócios
instalados na zona urbana de 33 municípios potiguares foram, de alguma forma,
afetados pela falta de chuvas. Almino Afonso, Apodi, Florânia, Ipanguaçu,
Lajes, Patú e Serra Negra se destacaram como os municípios onde as micro e
pequenas empresas sofreram mais com a estiagem e o comércio foi o setor mais
prejudicado: 76% das pequenas empresas registraram queda no faturamento.
O triste quadro foi revelado
pelo estudo “O Impacto da Seca Para As Micro e Pequenas Empresas no Semiárido
do Rio Grande do Norte”, realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e
divulgado nesta quinta-feira (8). Realizada entre maio e junho deste ano, a
pesquisa avalia os indicadores de desempenho após o período da seca e as ações
adotadas para sanar o impacto gerado nos empreendimentos devido à falta de
chuvas.
“O impacto ainda tem chegado
de maneira intensiva e silenciosa no meio urbano, mas repercute diretamente na
redução dos lucros. Além da capacitação dos empresários para conviver com esse
cenário, é importante que o governo passe a criar estruturas de apoio e fomento
para o desenvolvimento de atividades econômicas que não possuam relação com a
seca, como é o caso do comércio e serviço, ou que tenham mercado mais amplo,
como é o caso atual das facções”, observa o diretor técnico do Sebrae-RN, João
Hélio Cavalcanti. Segundo o diretor, a ideia do estudo é dar subsídio a futuras
estratégias para o meio urbano atenuar os efeitos da estiagem e direcionar as
ações do projeto Sebrae no Semiárido.
A pesquisa mostra que a maior
parte (74,3%) dos negócios tem faturamento mensal de até 15 mil, sendo que
nessa mesma faixa 47,7% obtêm uma receita de até R$ 5 mil por mês. As empresas
pesquisadas basicamente concentram-se nos setores de comércio (79,8%), serviços
(17,5%) e indústrias (2,7%). Pela avaliação dos reflexos da seca, 39,3% dos
empresários pesquisados afirmam que a seca afetou razoável ou parcialmente os
negócios, enquanto 29,7% relatam que a seca prejudicou muito a atividade. Já
31% acreditam o período não afetou o desempenho da empresa.
Para o grupo que considerou a
seca foi um problema, as maiores dificuldades estavam ligadas a redução de
vendas (55,2%), diminuição do número de clientes (15,6%), queda nos lucros
(10,8%) e inadimplência (6,4%).
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